Os chuveiros automáticos ou sprinklers são compostos basicamente pelos seguintes componentes:
Corpo: parte do chuveiro automático que contém rosca, para fixação na tubulação, braços e orifícios de descarga, e serve como suporte dos demais componentes;
Defletor: componente destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a água, segundo padrões estabelecidos nas normas brasileiras;
Obturador: componente destinado à vedação do orifício de descarga nos chuveiros automáticos e que também atua como base para o elemento termo-sensível tipo bulbo de vidro;
Elemento Termo-Sensível: componente destinado a liberar o obturador por efeito da elevação da temperatura de operação e com isso fazer a água fluir contra o foco de incêndio. Os elementos termo-sensíveis podem ser do tipo ampola de vidro ou fusíveis de liga metálica;
POSIÇÕES
Os chuveiros automáticos podem ser instalados em várias posições, e para cada uma delas tem um formato de defletor adequado. As posições mais encontradas nas instalações podem ser classificadas em:
Pendente (Pendent): quando o chuveiro é projetado para uma posição na qual o jato é dirigido para baixo para atingir o defletor e espalhar o jato;
Para Cima (UpRight): normalmente utilizada em instalações onde as canalizações são expostas (ex: garagem), esse modelo faz com que o jato suba verticalmente até encontrar o defletor, que de uma certa forma “reflete” o jato na direção oposta, ou seja, para baixo;
Lateral (Sidewall): modelo projetado com defletor especial para descarregar a maior parte da água para frente e para os lados, em forma de um quarto de esfera, e uma parte mínima para trás, contra a parede.
TEMPERATURAS
Os chuveiros automáticos são aprovados em graus nominais de temperatura para seus acionamentos, variando de 57°C a 343°C, determinados pelas temperaturas máximas permitidas nos ambientes, já considerando uma margem mínima de acionamento de no mínimo 20°C acima.
Para que o acionamento dos chuveiros automáticos fique dentro do tempo estimado previsto pelos fabricantes, vários fatores podem influenciar, sendo os principais:
A altura do pé-direito: quanto maior a altura, maior o tempo de acionamento;
O afastamento chuveiro em relação ao teto: quanto maior a distância, maior o tempo de acionamento.
As temperaturas de acionamento determinadas na NBR6135, e que seguem o padrão internacional, são identificadas da seguinte forma:
Temperatura Nominal (°C )Coloração do Líquido
- 57Laranja
- 68Vermelha
- 79Amarela
- 93Verde
- 141Azul
- 182Roxa
- 183 a 260Preta
VAZÃO
A vazão de água através de um chuveiro automático depende da característica mecânica do mesmo, representada pelo seu fator de vazão K, e da pressão da água imposta na rede hidráulica. De forma simplificada a equação abaixo exprime bem essa relação:
Vazão (l/min) = K (l/min.(KPa)-1/2) x Pressão(Kpa)1/2
De posse dos valores do K para uma gama de sprinkler, o projetista do sistema de proteção e combate ao incêndio, que de antemão já calculou o risco para um certo ambiente e a necessidade de vazão (ou vazão por m2) para o local, poderá determinar, facilmente, a quantidade e o tipo de sprinkler a ser aplicado na instalação.
IDENTIFICAÇÃO
As normas ABNT NBR 6135 e 6125 definem que os sprinklers devem apresentar no mínimo, no corpo e/ou no defletor, as seguintes marcações:
Marca do fabricante e modelo do sprinkler
Temperatura nominal de operação
Ano de fabricação
Diâmetro nominal do orifício
Letra código da posição
Cores corretas dos elementos termo-sensíveis
Adicionalmente a estas identificações, deve ser estampada a Marca de Conformidade ABNT, no caso do produto possuir esta certificação, o que também implica ter o processo produtivo do sprinkler qualificado e certificado.